A origem do Pigmento azul na História da Arte
Quem vê a cor azul em paredes, quadros e roupas, não imagina que essa pigmentação já fora a mais cara do mundo. Diversos povos antigos buscavam sua tonalidade com grande dificuldade, ao misturar plantas, óleos, entre outras substâncias.
Diferente da cor vermelha, por exemplo, que é possível extrair do solo, de frutas ou até mesmo de sangue dos animais, a pigmentação azul se produzia apenas com mineração.
Para se ter uma ideia, nas línguas arcaicas, não existiam sequer uma palavra para designar a tonalidade.
A palavra para a cor azul foi a “última”, depois do preto, do branco, do amarelo, do verde, entre outras cores, a surgir em diversas línguas, de acordo com o filólogo Lazarus Geiger. Não por acaso, a civilização egípcia (a primeira a desenvolver uma forma de sintetizar o pigmento) foi a única da Antiguidade a ter uma palavra para essa cor.
Não é à toa que artefatos mortuários egípcios eram ornamentados com a cor azul, não apenas pelo seu simbolismo (a cor protegeria os mortos contra o mal pós morte), mas também pelo seu valor material, já que era considerado a cor das divindades.
A primeira fabricação da cor Azul
Para alcançar o tom desejado, os egípcios misturavam calcário, areia e alguns minerais que contivesse cobre; depois aqueciam a solução, que resultava em um azul opaco.
O processo de produção era complexo e podia dar errado facilmente, resultando em um pigmento esverdeado. À medida em que foram feitas descobertas de como sintetizar “novos azuis”, o método foi esquecido.
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