O Renascimento de uma pequena floresta na capital de São Paulo por Claudia Visoni.

 

Começo a semana cheia de esperança. Está vendo essa floresta? Fica em plena cidade de São Paulo, no bairro do Butantã. É o Parque da Joia. Há 30 anos o morro estava coberto por barracos e mais de 2.000 pessoas viviam aí de forma precária e sob a ameaça de deslizamentos. A comunidade felizmente conseguiu moradias adequadas e mudou para um conjunto habitacional da região. Só que o local foi esquecido e virou ponto de descarte de entulho.
A história ganhou outro rumo em 2017, quando surgiu o movimento Gente Joia. O pessoal começou a plantar árvores nativas, retirar lixo e trazer alegria com grafites e festivais culturais. Passados sete anos, todo um ecossistema de coletivos ligados a educação ambiental, arte e permacultura floresce nesse parque ainda informal.
Ontem (domingo 24/11/24) estive no 3° Festival da Joia. Merecida celebração depois de muita ralação para limpar a área, criar laguinhos, plantar árvores, fazer jardim de chuva, placas lindas, dar um trato na composteira e organizar o território. Foi também a formatura do PDC (Curso de Design em Permacultura) organizado pelo querido Vini Pereira, criador de @permaculturesurbanos , do qual tive a honra de ser uma das professoras.
Tenho visitado muitos #pequenosparaisos e quero conhecer mais! Óbvio que governos precisam trabalhar intensamente para o planeta seguir habitável, mas me parece que os cidadãos comuns estão tomando a dianteira. Parque da Joia, Praça da Nascente e o movimento do Ecobairro (para ficar nas iniciativas que visitei apenas nesse final de semana) são exemplos da grupos informais prototipando as melhores e mais baratas Soluções Baseadas na Natureza.
Então, embora a COP 29 tenha sido frustrante, existe muita esperança. Aí perto de onde você mora talvez exista um espaço de cura socioambiental. Se puder, vá lá ajudar. E se quiser dar uma força para o Parque da Joia, os mutirões acontecem todo sábado 10h.


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